A depressão é considerada um dos transtornos mentais mais incapacitantes do mundo, atingindo mundialmente, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 350 milhões de pessoas.
Ainda segundo a OMS, o alerta mundial sobre a doença é maior no Brasil, que tem quase 6% da população com algum estágio de depressão e ocupa o segundo lugar nas Américas no ranking da doença, atrás somente dos Estados Unidos.
Com sintomas que variam do isolamento até o sentimento de culpa, a doença atinge milhares de pessoas, independente de idade, sexo ou classe social. É a segunda principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos.
Apesar de diversos estudos e discussões sobre o tema, este assunto ainda é cercado de tabus para a maioria das pessoas, que por desconhecerem as causas e sintomas da doença não sabem o que fazer quando ela atinge alguém próximo ou a si mesmo.
Por esse motivo, desde 2017, o Projeto de Lei (PL) 8530/2017, assegura o dia 15 de setembro como o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Depressão. Uma forma de reconhecer o problema e promover conscientização sobre a doença.
Quer saber mais sobre o assunto? Neste texto você vai descobrir o que está por trás dessa doença, seus sintomas e o que você pode fazer para ajudar alguém nesta situação.
Afinal, o que é depressão?
Muitas vezes confundida com ansiedade, a depressão é um transtorno mental que se manifesta por meio da alteração de humor, perda de interesse em atividades do dia a dia, falta de ânimo, de apetite e uma sensação de tristeza profunda sem motivo aparente.
A depressão acontece quando há um desequilíbrio químico no cérebro e pode ser tanto um fator ligado à genética, quanto uma resposta emocional a um fator externo, como abusos sexuais, violência doméstica, término de relacionamento, diagnóstico de doença, demissão, entre outros.
Nesse sentido, todas as pessoas estão sujeitas a desenvolver (ou não) essa doença que, inclusive, pode surgir quando o indivíduo está vivendo um momento “feliz” como o nascimento de uma criança (depressão pós-parto).
Como identificar uma pessoa com depressão?
É importante ficar atento aos sinais que a doença apresenta, uma vez que ela pode atingir vizinhos, amigos ou mesmo alguém que more na sua casa.
No dia a dia, a principal característica da depressão é a perda significativa do interesse e do prazer por realizar tarefas cotidianas. Dessa forma, se a pessoa perde o interesse pelas coisas que gostava de fazer e não apresenta mais prazer em sua rotina, pode estar com depressão.
No entanto, há outros sinais que também podem indicar a doença, são eles:
- Isolamento e ausência de vontade em fazer as atividades diárias;
- Ganho ou perda de peso em um curto espaço de tempo;
- Constantes falas pessimistas e de desistência;
- Reclamações referentes ao sono, apetite e cansaço;
- Irritabilidade alta;
- Afastamento sem motivos.
Se a intenção não é identificar o outro, mas fazer uma autoanálise, fique atento a sintomas como:
- Baixa autoestima;
- Tristeza e desânimo profundos;
- Sentimento de medo e culpa;
- Desejo de fugir dos problemas;
- Mal-estar prolongado;
- Enxaquecas frequentes;
- Dificuldade de concentração;
- Diminuição da libido.
Qual a diferença entre tristeza e depressão ?
Todo mundo já se sentiu ou vai se sentir triste um dia. Seja com a perda de alguém próximo ou outro evento durante a vida, esse é um sentimento que faz parte do ser humano e, em algumas situações, serve para fortalecer ainda mais o indivíduo para enfrentar dificuldades do dia a dia.
Contudo, há uma considerável diferença entre “estar triste” e “ser triste”.
Enquanto a tristeza tende a ser passageira e durar por pouco tempo, a depressão se caracteriza pela permanência desse sentimento por semanas, meses e até anos, e, muitas vezes, acompanhada pelo desânimo e falta de interesse por qualquer atividade.
O que posso fazer para ajudar alguém que está sofrendo com depressão?
Antes de qualquer coisa, o primeiro passo é se informar sobre a doença, seus riscos e seus sintomas. Assim, será mais fácil perceber quando a pessoa não está bem.
Uma vez que os sinais ficaram claros, saiba que este indivíduo precisa da sua ajuda. Por isso, não deixe de estender a mão e incentivar a procura por ajuda profissional.
Ao contrário do que muitos imaginam, frases como “vai passar”, “se cuida”, “tudo vai ficar bem”, por si só não ajudam ninguém a sair da depressão. Logo, mais do que apoiar verbalmente, é importante se fazer presente e se posicionar como uma pessoa de confiança.
Isso é possível por meio de atitudes, como um convite para a prática de algum esporte, acompanhamento na procura por um profissional ou simplesmente se mostrar disponível para ouvir o que ela tem a dizer.
Acolhimento, essa é a palavra-chave para ajudar alguém que sofre de depressão!
Se você está passando por isso, não se isole. Peça ajuda! Depressão não é frescura, falta de fé ou preguiça. LIGUE 188.
Fontes: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS); Associação Médica Brasileira (AMB); Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC).
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